sexta-feira, 27 de outubro de 2017

12 RAZÕES POR QUE A “LEI DE DEUS” E A “LEI DE CRISTO” SÃO UMA SÓ E A MESMA

12 RAZÕES POR QUE A “LEI DE DEUS” E A “LEI DE CRISTO” SÃO UMA SÓ E A MESMA


Disse Jesus: “Eu o Pai somos um” (João 10:30)

* 1 - Porque não há qualquer evidência bíblica de que haja uma “lei de Cristo” que tenha tomado o lugar da “lei de Deus” e os que fazem essa interpretação apenas partem de inferências e hipóteses indemonstráveis.
- Obs.: Uma interpretação popular e comum é de que agora o cristão seria regido por uma “lei de amor”, segundo Cristo teria ensinado, com “novos mandamentos” (Mat. 22:36-40). Mas basta comparar tais textos com Deu. 6:5 Lev. 19:18 para ver que Ele apenas reitera o que Moisés havia dito. Claro, as leis de Deus SEMPRE tiveram por base o duplo princípio de “amor a Deus” e “amor ao próximo”.

* 2 - Porque Paulo se refere à “lei de Deus” de forma normal, dizendo que a conserva na mente desejoso de obedecê-la, a despeito da “lei” concorrente do pecado que o assedia, e que a “inclinação da carne” não está sujeita à lei de Deus, etc. (Rom. 7:22, 25; 8:7,8). Ele ainda fala em “lei de Deus”, “mandamentos de Deus”, coisas que teriam sido ultrapassadas na interpretação antinomista e neoantinomista, e emprega o tempo verbal presente o tempo todo nas passagens citadas.
- Obs.: Paulo diz que “a lei [de Deus] É (não diz ‘era’) santa, justa e boa”, além de prazenteira e de conservá-la na mente (Rom. 7:12, 14, 22). E a identifica como a que traz o preceito “não cobiçarás” (vs. 7 e 8). Pela tortuosa interpretação dos neoantinomistas da teologia novidadeira do dispensacionalismo, ele devia concentrar-se em falar somente em “lei de Cristo” daí em diante, e ao falar em “lei de Deus” devia indicar isso pelo uso do pretérito, não do tempo verbal presente.

* 3 - Porque Paulo enumera normalmente os mandamentos do Decálogo (“lei de Deus”) indicando-os aos cristãos de Roma para serem obedecidos segundo o princípio do “amor”, em vez de falar em mandamentos da “lei de Cristo” (Rom. 13:8-10). No vs. 9 ele toma a parte pelo todo ao dizer que “se houver qualquer outro mandamento. . .” Ele sabia haver não “outro”, mas “outros”.
- Obs.: Paulo decerto não julgou necessário citar um por um dos mandamentos, pois o seu objetivo nessa passagem não é “revalidar” mandamentos, tornando-os vigentes aos cristãos.

* 4 - Porque Paulo lembra aos crentes de Éfeso mandamentos do Decálogo (citando especificamente o 5o., 8o., 9o. e 10o. mandamentos--Efé. 6:1-3; 4:25-31) como sendo ainda válidos e vigentes.
- Obs.: Ele devia apelar-lhes para respeitarem os mesmos princípios segundo um código diferente, que seria a “lei de Cristo”, caso as interpretações erradas referidas tivessem fundamento.
* 5 - Porque Paulo fala que importa agora obedecer os “mandamentos de Deus”, e não “os mandamentos de Cristo” (1 Cor. 7:19).
- Obs.: Para ver o que os contemporâneos de Paulo entendiam com esta linguagem de “mandamentos de Deus” basta ler Rom. 7:7-13 e claramente se percebe que são os mandamentos do Decálogo. Claro que isso ainda inclui outros deveres, como “pregar o evangelho a todo o mundo”.

* 6 - Porque Paulo diz retoricamente estar agora sob a “lei de Cristo” (1 Cor. 9:21), sendo que em Gál. 6:2 a define como sendo “levai as cargas uns dos outros”, o que é mera reiteração de uma parte da “regra áurea” que o próprio Cristo expressou em Mat. 22:36-40--amar ao próximo como a si mesmo.
- Obs.: A outra parte dessa “regra áurea” é o mandamento SEMELHANTE, de “amar a Deus sobre todas as coisas”, sendo que de ambos esses mandamentos “dependem toda a lei e os profetas”.
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* 7 - Porque João no Apocalipse diz claramente que os fiéis filhos de Deus se caracterizam como aqueles que “guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus” (Apo. 14:12), em vez de falar dos que “guardam os mandamentos de Cristo”.

- Obs.: Claro, são os mesmos, não havendo essa dicotomia artificial que se quer criar entre “mandamentos de Cristo” e “mandamentos de Deus” (ou “lei de Cristo/lei de Deus”).

* 8 - Porque em Hebreus 8:6-10, ao falar da mudança do Velho para o Novo Concerto, esta importante passagem trata das “Minhas leis” (de Deus), que são escritas nos corações e mentes dos que aceitam esse Novo Concerto [Novo Testamento], e não “leis de Cristo”.
- Obs.: Este tópico é importantíssimo: mostra como no Novo Testamento o cristão terá a “lei de Deus” escrita nos seus corações e mentes, e é aquela que Paulo mesmo ilustrou como estando nos corações de carne dos que são de Cristo (2a. Cor. 3:2-6). Ele usa a mesma ilustração de Pro. 7:2, 3 e Eze. 36:26, 27, e certamente ao tratar de “tábuas de pedra/tábuas de carne” tinha em mente o CONTEÚDO TODO das tábuas de pedra transferido para as tábuas de carne dos corações. Do contrário, nem faria sentido ele usar a mesma metáfora de Ezequiel que, certamente, tinha em mente 10 preceitos das tábuas de pedra, não somente 9.

* 9 - Porque Tiago menciona os mandamentos do Decálogo (que seria a “lei de Deus”) como normativos aos cristãos, em vez de concentrar-se em falar em “lei de Cristo” (Tia. 2:10-12).
- Obs.: Alguns entendem às avessas as palavras de Tiago, pensando que ele está dizendo que já que ninguém obedece plenamente os mandamentos, pois se tropeça num, falhou em todos, então ficamos dispensados dos mesmos. É exatamente o contrário, pois o que Tiago diz é reflexo do que Cristo disse em Mat. 5:48: “Sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus”. E lembremo-nos que quando Tiago escreveu sua epístola, ele e seus leitores primários sabiam que a parte cerimonial da lei já não mais valia.

* 10 - Porque João fala da “lei de Deus” e da “lei de Cristo” intercambiavelmente em suas várias epístolas (ver 1 João 2:7; 3:21-24; 4:7-12, 21).
- Obs.: Ele não deixa a mínima pista de que haja qualquer contraste entre ambas.

* 11 - Porque João, no contexto em que fala de “lei de Deus” e “lei de Cristo” intercambiavelmente, ao definir o pecado diz que é “transgressão da lei” (1 João 3:4), não especificando falar em “lei de Cristo”.
- Obs.: Esta definição bíblica de pecado é curiosamente evitada pelos da linha neoantinomista dispensacionalista. Parece que não gostam nem um pouco do texto como aparece em inúmeras versões nacionais e internacionais, definindo pecado como “transgressão da lei”. De que lei seria pecado uma transgressão? Da lei da oferta e da procura? Da lei do menor esforço? Da lei da gravidade? Quem souber responder estas perguntas saberá o que está sendo dito pelo Apóstolo.

* 12 - Por que faz parte da mais legítima tradição cristã que os primeiros 4 mandamentos do Decálogo tratam de nossos deveres para com Deus, e os 6 últimos, idem quanto ao próximo, o que é mera síntese (não substituto) da mesma “lei de Cristo”, ou Sua conhecida “regra áurea” de Mat. 22:36-40.
- Obs.: Luteranos, presbiterianos, batistas e anglicanos dizem exatamente isso em suas confissões de fé de séculos, e sendo que “os 4 primeiros mandamentos” referem-se a nossos deveres para com Deus, isso inescapavelmente inclui o 4o. Mandamento do Decálogo--o do sábado (ainda que esses cristãos tentem reinterpretá-lo para legitimar o injustificável domingo). Antes da Reforma Protestante isso já era assim basicamente ensinado por católicos e ortodoxos.

Rhodrigo Yoyo/ Lucas

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